"Out There Japan Tour 2015" ~ Tokyo Dome, 27 de Abril de 2015

(Mais conhecido como "The Revenge Tour")

Ainda estava me recuperando do baque que eu e mais de 200 mil fãs tivemos no dia 17 de maio de 2014, quando no final de janeiro, recebo no LINE a notícia...



Jornal Nikkan Sports - "Paul volta em Abril!!"


Exatamente foi isso que eu recebi no LINE no dia 29 de janeiro deste ano!!!
No máximo passei no Twitter e comuniquei com uma amiga minha que também é fã dos Beatles e estávamos juntas naquele dia de maio em frente ao Estádio Olímpico. Cadastro feito no site, era esperar fevereiro para saber se tínhamos conseguido o ingresso (era sorteio), pagar e esperar para o grande dia.

Na verdade, desta vez, para evitar surpresas e decepções de última hora, eu pouco comentei nas redes sociais. Tanto que demorei para colocar o link do lado esquerdo do Emporio. Mas também pouco foi comentado, já neste tempo, Paul estava ocupado com outros projetos e ajustando datas da turnê que está seguindo desde abril de 2013, pois ele nem tinha incluido a Europa na rota da turnê "Out There".

Quando Paul desembarcou em Osaka, no dia 20 de abril, estava certo que desta vez a turnê ia vingar. Pelo menos 300 a 500 pessoas no saguão do Aeroporto de Kansai estavam ansiosamente esperando pela vinda do ex-Beatle, que não economizou simpatia e cumprimentou todos com um sorriso estalado na cara.

Dias antes de embarcarem, Paul (centro) e a banda (da esquerda pra direita: Rusty Anderson, Paul "Wix" Wickens, Brian Ray e Abe Laboriel Jr.) gravando uma mensagem para os fãs japoneses no site oficial.

Esta foto tirei da passarela entre a estação de Korakuen e acesso ao Tokyo Dome - fãs esperando ver se o Paul passa e acena para a galera (se bem que na hora que eu cheguei, ele estava fazendo o "sound check" dentro do Dome)

Como sempre - eu costumo fotografar a placa que fica no portão 22 ...
Ponto de venda dos concert goods, que fica em frente ao portão 22 (o outro, que fica no port7o 25, só estava vendendo o livreto) - quando eu cheguei, por volta das 15 horas, não tinha fila e deu para eu comprar com mais calma, apesar que já tinha item que estava esgotado (exemplo: a camiseta de manga longa azul ou vermelha já não tinha tamanhos M e L). Esta foto, eu tirei meia hora depois... 

Não tomo jeito mesmo: todo concerto acabo comprando alguma coisa - o program ou panfleto, contendo sobre a turnê; camiseta (era o item que mais tinha, mas também era o que mais acabava rapidinho, apesar do preço - custavam entre 4 mil a 8 mil ienes); ecobag (tinha dois tipos, eu acho, mas a cru com flores foi que achei mais linda); toalha (eu não comprei na turnê passada, comprei agora) e a revista PIA especial que ganhava um clear file (essa eu comprei na OAK Books que fica no acesso para a estação de Suidobashi). 

... e dentro do Dome, antes de começar o show. Desta vez eu consegui arquibancada, mas como estava num lugar menos favorecido, tive que usar o zoom do celular, que já não tem aquela qualidade linda e maravilhosa...

Com sua Epiphone Casino, diz ele que usou no show do Budokan nos tempos dos Beatles.

Depois do susto que deu nos fãs em maio de 2014, desta vez ele veio pronto pra continuar fazendo o que mais gosta - compôr, cantar e tocar


Sua marca registrada - o baixo Hofner que sempre o acompanha desde o início de sua carreira
Um hábito que se tornou na turnê - no primeiro encore, Paul aparece no palco com a bandeira do país onde está fazendo a turnê. Já é a segunda vez que eu vejo ele com o Hinomaru.


Público agradecendo pelo show e pedindo seu retorno. Com certeza, ele volta!!!


Fui no show do dia 27 de abril (segunda-feira, eu sei), que foi o último dia no Tokyo Dome. E eu sei que muita gente vai me dizer "mas você vai de novo no mesmo show blablabla..." Fui e iria de novo e se eu pudesse, iria até Londres ou Liverpool pra ver o Beatle ao vivo. Quem é fã, vai entender, eu acho.

O setlist pouco mudou, mas incluiu a música mais recente que compôs para um game - a música "Hope for the Future" (achei que ele fosse incluir "Appreciate"). Tudo bem, o show foi realizado sem problemas, lotação completa nos quatro dias que fez em dois Domes (dia 21 de abril foi em Osaka, no Kyocera Osaka Dome), mais de 200 mil pessoas e mais um show no Budokan, depois de 49 anos!!! (Foi quando os Beatles fizeram cinco dias de shows lá, em 1966).

Claro que não poderiam faltar as homenagens, o show pirotécnico em "Live and Let Die" e o coro das 50 mil pessoas em "Hey Jude". Sem falar nos dois encores e Paul tentando conversar com o público em japonês. Ok, nem eu consigo falar até hoje.

O que mais surpreende a gente é o fato do Paul estar com 72 anos nas costas e estar em boa forma - imaginem 3 horas de show, sem pausa pra trocar de roupa e se foi beber água, foi antes do primeiro encore. E também fazer o percurso hotel - Dome de carro e acenar para os fãs, além de, ao chegar em Osaka, cumprimentou todo mundo e também na hora de ir embora, cumprimentou os fãs que o aguardavam para a despedida. 

Como eu disse para uma conhecida minha: muito artista tem que aprender com o Paul - por mais que ele tenha sido um dos membros da maior banda de rock do mundo, por mais que ele seja o músico megabilionário da Inglaterra, ele ainda mantem a mesma simplicidade e carisma, sem ataques de estrelismo, nem ser uma pessoa metida. 

Que Paul é vegetariano, defende os animais e participa de atividades para o meio ambiente, todo mundo sabe. Mas ele não usa seus shows pra fazer discurso político. Se ele o faz, só em shows apropriados para isso. O negócio dele é fazer o pessoal ouvir suas músicas, aproveitar o momento e se divertir. 

Otsukaresama deshita, Paul!!! Mata aemashou ~  ♥

Imagens: da autora (Tokyo Dome e goods); Instagram oficial do Paul McCartney, site oficial, FB, MJ Kim, LINE, Twitter

Nota: Nos noticiários japoneses, a turnê Out There Japan Tour 2015 ficou conhecida como "The Revenge Tour" devido ao ano passado que, devido a um grave problema de saúde que Paul teve na véspera da apresentação no Estádio Olímpico, acabou cancelando tudo. Mas ele havia prometido que voltaria nem que fosse para realizar nos Domes novamente, pois não queria decepcionar os fãs que o apoiaram para sua recuperação. Felizmente com um bom tempo de repouso, voltou à ativa e ganhou muito mais admiração e respeito.

Se não fosse esse problema, Paul seria o primeiro e único artista estrangeiro a se apresentar no Estádio Olímpico antes da demolição para construção de um novo. (O que na época eu li CADA comentário sobre isso. Não sobre a demolição, mas o fato do Paul ter marcado shows lá.)



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