Yokohama Arena, nove anos depois... (Arashi - Japonism Tour Arena, 9 de Agosto de 2016)



Uma vez fiz uma postagem do Yokohama Arena (aka YokoAri. Por ter esse apelido, a mascote é uma formiga, porque "ari" em japonês...). Só que tinha um porém: desde março de 2007 que sequer fui a um show ou evento naquele lugar. Embora eu tivesse morado a uns 30 minutos (de carro) do lugar, não significava que eu estava sempre batendo ponto em tudo o que era show e evento no YokoAri - primeiro que não era fácil conseguir ingresso antecipado devido ao sistema de sorteio; segundo, quando um dos meus artistas favoritos fez shows lá, esqueci a data de solicitar ingresso e acabei indo em outro lugar.

Nesses nove anos, aconteceu de tudo comigo, que nem preciso contar a história, pois quem me conhece, sabe. E o máximo que consegui em Yokohama, foi o Natsu no Daisougyousai no Nissan Stadium, a um quilômetro do Arena.

Depois de umas e tantas traulitadas na cuca, eu passei a comentar que vou a um show ou evento DEPOIS que eu já fui e estou sã e salva no novo cafofo do lar. Normalmente acabo comentando meses depois que eu fui numa conversa aleatória, como por exemplo, o Japonism Tour 2015 do Arashi que fui no Nagoya Dome em novembro do ano passado (tirando as meninas com quem eu fui, acho que só fui comentar que assisti o show algumas semanas depois).

Voltando ao Yokohama Arena.



Ultimamente, a maioria dos artistas que eu gosto, raramente estão fazendo no YokoAri, porque o lugar tem capacidade para 17 mil pessoas (incluindo a parte central), ou seja, artista que não tem tantos membros de fã clube oficial, consegue fazer o show numa boa (por exemplo, artistas da JE que têm menos de 10 anos de debut ainda fazem a tour em arenas, encerrando no YokoAri, como, por exemplo, o grupo Hey! Say! JUMP, cuja tour anual só fazem em lugares menores). Quando em meados de janeiro, não estou me lembrando agora, recebi a notícia que o Arashi ia estender a tour Japonism para lugares menores (melhor dizendo, em cidades onde faz MUITO tempo que o grupo não fazia show, porque desde que começaram a fazer o Five-Dome Tour, ficou muito difícil estenderem para outras cidades), eu não sabia se ficava feliz, se ficava triste ou se chorava. Porque se já pra conseguir ingresso para qualquer um dos dias em qualquer Dome - na altura do campeonato eu aceitava até ser sorteada pra Hokkaido ou Fukuoka - , vai imaginando nos Arena.

O Japonism Tour Arena começou em abril e terminou em agosto deste ano (fizeram em Fukui, Hiroshima, Shizuoka, Kagoshima, Nagano e Yokohama). O que gerou a maior discussão calorosa nas redes sociais foi o fato que, para se inscrever para obter os ingressos, era somente cadastro via celular, limitado a dois ingressos por membro, sendo que o segundo ingresso teria que ser para alguém TAMBEM membro do FC e... enviar foto para fins de identificação facial.

Nem melhor me estender, senão vou fugir mais ainda do texto.

Quando recebi o e-mail de que eu havia sido sorteada, eu não sabia mesmo se eu ficava feliz ou chorava mesmo. Aquele pavor da identificação facial: já passei em cada situação quando eu ia prestar o JLPT, que o fiscal ficava olhando para a foto que a gente envia na inscrição e para você ao vivo, e como em quatro meses meu corte de cabelo muda, aí a pessoa fica na dúvida se é você mesmo... *chora*

Quando chegou o dia, que foi numa terça-feira, nessas alturas do campeonato, eu já tinha a noção do que como tinham sido os shows anteriores, via twitter. Tá, a um certo ponto cheguei a perguntar pra Saori (que é como eu, tem o Sakurai como ichiban) como tinha sido o show em Kagoshima, um dos lugares que teve o menor público porque o lugar em si já não comportava tanta gente como se pensa (5 mil, imaginem!!! Para um grupo que costuma fazer em lugares que comportam até 60 mil pessoas...).

No mesmo dia, a Akemi (que mora em Kanto) também tinha sido sortada depois de CINCO anos sem conseguir ir a um show deles. E olha que ela tem mais tempo de membro de FC que eu. Só que eu havia conseguido arena e ela center. (N. da A.: fomos descobrir o que era center e arena no site do YokoAri: diferente dos domes, que arena era perto do palco e stand era arquibancada, no YokoAri, arena é arquibancada e center é perto do palco)

Deu-me aquela sensação de voltar em 2007, quando fui no YokoAri no final da turnê "WE'RE BROS. 2007 ~ 17 Nen mono" do Masaharu Fukuyama. Embora eu tivesse ficado as cinco horas em pé, na área chamada "tatime" (fica no terceiro piso, literalmente em pé mesmo), estar dentro do YokoAri era lindo. Mesmo depois da reforma que durou quase meio ano.

Visão do palco onde eu estava e foi na pressa porque sabem...

Como eu havia mencionado, embora o YokoAri em quesito de arenas no Japão tenha a maior capacidade do que até o Saitama Super Arena, o lugar interno parecia menor. Por um lado era bom porque dava pra ver tudo sem precisar de binóculo (peguei lugar bom) e os telões ajudaram. Claro que ficar no center seria bem melhor, porque quando o moving stage passou no center, minha amiga disse que deu pra ver tudo, se bobear até as pintas do rosto do Jun (ia falar das marcas das espinhas, mas deixa quieto ou eu apanho da Tathy).

O show em si: quem tinha ido no Japonism Tour em qualquer dos Domes, obviamente sentiu falta de algumas músicas e performances mas vamos combinar o seguinte: levem em consideração o tamanho do lugar e ainda eles fizeram dois shows num dia só. E por eles terem ficado tão próximos do público, senti que as apresentações foram bem mais elaboradas, e misturaram um pouco de tudo - mantiveram os solos originais do Satoshi Ohno e do Kazunari Ninomiya (somente a parte da dança), do Sho Sakurai foi somente a parte do tambor e do Masaki Aiba em que ele ficou suspenso na corda no meio do center (durante a música "Bolero"). Jun Matsumoto atacando como DJ (o solo dele no Dome Tour foi uma demonstração do que ele aprendeu no quadro dele no programa Arashi ni Shiyagare, o "This is MJ" em que ele pulava de um lugar para outro, como nos filmes de ação).

Falando em solos, eles fizeram um flashback dos solos das turnês anteriores - Ohno com "Rain", Nino com "Himitsu" (com direito aos backdancers com fantasias de bichinhos, como foi no original), Jun com "Shake It" (não, infelizmente ele não pagou peitinho como nos anteriores), Sho com "T.A.B.O.O." (sem aquela roupa vermelha, snif), e Aiba com "Disco Star", com direito aos quatro seguindo na infame mas hilária coreografia com direito a tombos de vergonha alheia (leia-se Nino).

Incluiu também as músicas que lançaram este ano, como "I seek", "Daylight" e "Fukkatsu Love" - esta última uma das performances mais bonitas que vi, com direito a background de luminosos a la Broadway.

Durante a música "Mikkazuki", a roupa branca com luzes, que deixou a coreografia bem mais densa - que eram as cores de cada membro.

Outra novidade era a nova música - "Power of Paradise" - que foi usada como tema dos Jogos Olímpicos transmitido pela Nihon Television (e só vai sair em single físico dia 14 de setembro).

Outro lado bom dos shows em Arena, é que dá pra ver bem melhor, a acústica ajuda e se levar sorte, ganha até um high five do seu artista - se eu estivesse a uns dois ou três fileiras abaixo, eu estaria bem ao lado do Ohno, porque na hora da performance do Aiba no aerial tissue, ele ficou bem em uma das entradas onde tinha uma plataforma individual (o Sakurai ficou do outro lado *chora*).

Apesar do show ter sido curto (duas horas e vinte minutos), valeu muito a pena. Mesmo eu estando na arquibancada, aproveitei muito bem (e esqueci dos problemas que me cercam).

Ah sim, obviamente na estação de Shin-Yokohama, onde é o acesso para o Yokohama Arena, a publicidade ganha espaço. Melhor dizendo, um bom ponto de referência para marcar encontro com a pessoa nesses casos...



Hitachi Appliances aproveitando o espaço e o momento para divulgar seus novos produtos e seus garotos-propaganda.

Pelo menos dois pontos eu e a Akemi notamos nesse dia:

- Apesar do horário que chegamos (por volta das 11 da manhã) e coincidia com a venda dos concert goods, desta vez não pegamos fila como a gente costuma pegar quando são os shows nos Domes, que muitas vezes a gente tem que chegar quase de madrugada, passar horas esperando e correndo o risco até do item acabar antes da gente comprar. Foi a compra mais rápida que tive em toda a minha vida: questão de dois minutos já tínhamos comprado o que queríamos. Uma explicação até justificável: teve a pré-venda um dia antes e quem foi no Kyocera Dome e no Tokyo Dome nos eventos Waku Waku Gakkou, também estavam vendendo os goods do Arena (menos o penlight).

- A identificação facial era simples, mas pecou no quesito revistar bolsas como fazem nos outros shows. Não houve revista de bolsa e, vai que acontece alguma coisa e aí?

Felizmente não houveram incidentes nem problemas, todo mundo se divertiu e voltamos para nossos lares felizes e esperando para a turnê que vai acontecer no final do ano. E torcer para conseguir esse dito ingresso de forma justa, né.

Fotos: todos da autora, via celular, desconsiderem a falta de foco.

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